Caro Leitor, gostaria muito de ouvir suas dúvidas automotivas e também sua opinião, seja sobre temas a tratar, carros a avaliar, tendências tecnológicas ou outro assunto afeto à temática deste blog. Alerto que algumas funções do blog não funcionam bem no Internet Explorer, use outro navegador.
Mande suas perguntas para blogdoronaldomartins@gmail.com. Terei prazer em responder.
O blog agora tem o seu próprio endereço, onde passarei a fazer os novos posts, em carrosemduvida.com, mas lá continuarei com as cinco linhas principais, as quais comento aqui abaixo e à esquerda.
Alguns leitores me
perguntaram o que é a tecnologia MultiAir, que a FIAT destaca em seus Fiat 500 (nas suas versões mais caras).
Ele é um motor Fire (sistema de
acelerador sem cabo), de 1.4
litros, dotado de 16 válvulas, que são (aí começa a
diferença) comandadas por um sistema inteligente de controle (nas vde
admissão do ar), que proporciona grande redução de emissões de poluentes,
otimiza o consumo de combustível e ao mesmo tempo permite o aumento de potência
e torque do motor, se comparados aos demais sistemas modernos de comando de
válvulas (mesmo os variáveis).
O sistema disponibiza torque próximo
ao máximo nominal (aquele
O "pony car" americano, ícone esportivo há décadas em mercados de todo o mundo, ainda não chegou por aqui na sua versão 2013, mas está fazendo sucesso nos Estados Unidos.
O motor de 5 litros agora rende 420 HP e o câmbio automático de seis marchas, passa a poder ser controlado também manualmente.
Alguns detalhes decorativos, que fizeram sucesso em versões anteriores, passaram a ser de série nesta versão 2013, que junto com as novidades deste ano, fazem deste GT um brinquedo quase irresistível. Veja as fotos de divulgação da Ford americana.
Em tempos de Rio+20 a pergunta é pertinente e oportuna.
Um carro médio é composto por cerca de 65% de aço, que é totalmente reciclável. As carrocerias viram novas chapas de aço, que podem virar novos carros ou outros produtos (geladeiras, fogões, etc).
As borrachas das portas e os pneus também são recicláveis, viram novos pneus, solas de sapato e outros utencílios de borracha, revestimento de ruas e estradas e, claro, pneus novos.
As baterias são altamente recicláveis.Hoje, cerca de 70% do chumbo usado nos estados unidos tem como fonte as bateriais de carros (chumbo-ácidas) recicladas.
Até os óleos do motor, caixa, diferencial e freios são reaproveitados. Eles são re-processados e viram outros lubrificantes e flúidos, como óleo para caixa de direção.
Meu amigo Vinícius me pediu
para eu tocar no assunto homocinéticas e os riscos da falta de manutenção das
mesmas.
Já havia falado no tema num
post anterior (http://carrosemduvida.blogspot.com.br/2012/02/barulhos-podem-significar-problemas-no.html),
mas ele “se perdeu no tempo” e descobri que poucos percebem a ferramenta de
busca no canto superior esquerdo da página inicial. Nela basta digitar a
palavra do seu interesse e clicar na lupa, o blog vai apresentar os posts que
contém a palavra desejada.
Voltando às homocinéticas,
este tipo de junta requer atenção especial, por ser um componente caro e que
compromete a segurança do carro. Para prevenir danos, observe a proteção de
borracha que encobre as juntas (coifa). Quando elas se rompem, sujeira penetra
na área metálica da junta, aumentando o desgaste. A perda de lubrificante também
acelera a ocorrência da falha.
Outro ponto importante é
observá-las depois de ser colhido por uma enchente, a água pode penetrar na
coifa e danificar o lubrificante, tirando suas características e levando à
falha da junta por falta de lubrificação. Outro risco comum é a substituição da
coifa por um produto de “segunda linha”. Sugiro que não o faça, a coifa é um
item muito barato, o qual, se falhar, leva à falha um item caro como a junta
homocinética.
Antes de mais nada é importante ler o post de ontem, que explica o funcionamento dos amortecedores hidráulicos.
Feito isto podemos dizer que os amortecedores eletronicamente controlados são basicamente iguais àqueles, mas cotem um óleo com partículas metálicas magnetizáveis.
Uma bobina que envolve o amortecedor cria um campo magnético que controla a posição destas partículas, o que interfere na viscosidade do óleo, o que, consequentemente, interfere na capacidade de atenuação de movimento do amortecedor.
Dependendo do tipo de sistema, o campo magnético pode ser controlado pelo motorista, que escolhe a rigidez da suspensão que pretende usar em cada situação. Outros sistemas são chamados adaptaticos, eles “interpretam” o tipo de solo de cada situação e ajustam os amortecedores para o tipo de condução que o motorista está praticando.
A leitora Keila me informou que levou o Celta na concessionária Primarca e lá "remontaram a embreagem e lubrificaram". Segundo ela "o carro está ótimo".
Ela havia me consultado, conforme pode ser lido no post http://carrosemduvida.blogspot.com.br/2012/04/estalo-na-embreagem-do-celta.html, quando ela identificou um estalo que parecia ser na embreagem.
Felizmente, desta vez, o atendimento de um concessionário atendeu às expectativas e necessidades da cliente.
A Renault está convocando proprietários de Sandero e Logan ano 2012 para um recall. Você pode verificar se seu carro está na lista do recall no bem montado site (http://www.renault.com.br/Recall/). Esteja com o número do chassis do seu Renaut à mão.
No endereço também é possível ver outras ações de recall da marca.
A VW também está chamando proprietários de Space Fox para um recall, você pode verificar no site (http://www.vw.com.br/pt/servicos/recall.html) se seu carro precisa passar pelo recall.
Se fossemos nos
reportar à Física Clássica, um amortecedor seria chamado de atenuador. Esta é a
sua função básica, atenuar os movimentos da suspensão do veículo. Quando eles
não estão funcionando, os carros ficam balançando de cima para baixo, pois a
capacidade de atenuação da mola e demais componentes da suspensão é muito
pequena.
O amortecedor
entra para diminuir o número e a amplitude das oscilações. Ele, na verdade, é uma
bomba de óleo localizada entre o chassi do carro e as rodas. A parte superior
do amortecedor se fixa na estrutura do carro. Já a parte inferior se fixa ao
eixo, próximo à roda.
Diagrama de amortecedor hidráulico adaptado do site How Stuff Works.
Nos
amortecedores hidráulicos mais comuns mais comuns no mercado, a parte de cima é
fixa à uma haste, que por sua vez, está ligada a um pistão. Ele está inserido
em um tubo cheio de óleo. O tubo interno é conhecido como tubo de pressão, já o
externo faz o papel de câmara de reserva, pois armazena o excesso de óleo a
cada movimento.
Quando a roda do carro encontra um obstáculo, a mola se comprime e se alonga. A
energia advinda deste movimento é transferida para o amortecedor e vai sendo
transmitida através da haste para dentro do pistão. Os orifícios no pistão
permitem que o óleo passe através deles e o pistão se mova para cima e para
baixo. Como os orifícios são pequenos, criam grande perda de carga para a
movimentação do óleo, isso faz com que o pistão desacelere, o que por sua vez
desacelera a suspensão, atenuando seu movimento até a estabilidade.
O funcionamento dos amortecedores é semelhante para as funções de compressão (primeiro
movimento quando obstáculo está acima do nível do solo) ou de distensão (primeiro
movimento quando obstáculo está abaixo do nível do solo), mas os graus de
amortecimento são distintos, já que a suspensão em cada caso lidará com
diferentes tipos de carga. No de compressão os amortecedores lidarão com toda a
massa do veículo, já no de alongamento, apenas com a massa da suspensão e
conjunto roda/pneu.
Um leitor me pediu para falar sobre os tipos de molas usadas nas suspensões dos carros.
Posso dizer que três são os tipos mais usados: molas helicoidais, molas semi-elípticas e barras de torção. Cada uma tem suas características e, portanto, representam uma maneira diferente de se comportar durante a utilização do veículo.
As helicoidais permitem grande curso da suspensão. Elas podem ter sessão constante ou variável. Na primeira, o “arame” que forma a mola tem o mesmo diâmetro de ponta a ponta da mola, e a mola tem rigidez constante em todo o seu curso. No segundo tipo, se busca a rigidez variável, o que é obtido com a variação da espessura do “arame”, dependendo do “elo” da mola.
Em tempos de preencher a declaração do IRPF não custa nada lembrar:
Se você continua com o mesmo carro declarado em 2011, o valor deve ser repetido na declaração deste ano. É proibida a depreciação ou a valorização do carro, independentemente de uma destas coisas ter de fato acontecido.
As eventuais variações vão ser refletidas na declaração do IRPF do ano subsequente à venda do carro, quando o real valor auferido deverá ser declarado.
Meu amigo Franklin me mandou um e-mail sobre um carro movido a ar que será fabricado pela Tatá Motors da Índia.
Falei sobre o assunto num post recente (http://carrosemduvida.blogspot.com.br/2012/04/carro-ar.html) e demonstrei nele todo o meu ceticismo no assunto, falando do carro desenvolvido na França, mas cabem para este indiano os mesmos comentários que já fiz.
O Post de ontem causou confusão. Foi comentado: "a moto anda! é truque de filmagem?".
Minha resposta é: não é truque, a moto anda de verdade, tracionada por um motor elétrico.
O que não é verdade é que ela, depois de colocada em movimento, não precisa de energia adicional, ou seja, poderia andar indefinidamente sem precisar de recarga ou combustível.
Esta é a mentira!
As motos e quadricíclos apresentados em vários vídeos, funcionam de fato, por curtos períodos de tempo, e requerem um suprimento de energia complementar que vem de uma bateria.
Existem sistemas de geração residencial que prometem o mesmo. Colocado o sistema motor/gerador em funcionamento, ele geraria energia para a sua casa para o resto dos tempos. Os "inventores" destes dispositivos, antes de iniciar seus projetos, "revogaram" por conta própria algumas Leis da Física...precisam voltar para o banco da escola, ou ir para a cadeia!
Vários leitores têm me perguntado sobre a viabilidade técnica de uma moto que usa um “motor magnético”, cujos vídeos estão rodando na Internet. Como trabalho em projetos de desenvolvimento tecnológico há mais de 20 anos, nas indústrias petrolífera e bélica, já vi muitos projetos como estes.
Eles estão “pipocando” na Internet, dotados do tal “motor magnético”. Todos partem
Uma leitora me pediu opinião
sobre o que lhe disse a oficina de ar condicionado, onde ela levou o carro por
mais de uma vez, sempre com o mesmo problema (sistema não resfria o interior do
carro) e sempre com o mesmo diagnóstico (falta de gás).
Ela informou também que anda muito pouco com o carro, que por vezes fica mais de um mês parado.
O Vitor me pediu para postar no BLOG um desenho esquemático de uma suspensão e identificar cada um de seus itens.
Vitor, custei a achar um desenho que representasse simplificadamente a maioria das suspensões dos carros modernos (do tipo McPherson), mas acho que este, logo abaixo, vai lhe ajudar a identificar cada um dos principais componentes.
O filtro de cabine, ou filtro de carroceria, é o filtro de ar usado para purificar o ar que entra no habitáculo do carro. Ele tem a função de separar partículas de impureza do ar que será respirado por motorista e passageiros.
Alguns filtros de cabine podem exercer também a função de filtrar o pólen, grande causador de alergias respiratórias no ser humano.
quinta-feira, 12 de abril de 2012
Meu amigo Alberto resolveu o problema da luz acendendo (veja o post neste BLOG em http://carrosemduvida.blogspot.com.br/2012/04/luz-do-oleo-acendendo-em-marcha-lenta.html). Era a bomba de óleo mesmo. Trocou a bomba de óleo. Sabiamente trocou também o filtro de óleo e o próprio óleo.
O leitor Bruno me escreveu dizendo que o Picanto da mulher dele está com os mesmos sintomas dos do Picando da mulher do Guilherme (veja os dois posts neste BLOG).
Pegando um gancho no post de 8/Abril me perguntaram qual a rampa lateral máxima.
Respondo que também pelas leis da Física, a rampa lateral máxima seria a de 100%, o que equivale a 45 graus, mas é raro um veículo conseguir este feito.
Para se ter uma idéia, os veículos fora-de-estrada militares têm como requisito de certificação, superar uma rampa lateral de 30%. Acima desta inclinação, mesmo em baixíssimas velocidades há risco de capotamento.
“tenho um celta lt ano 2012 completo: ar, direção, trava...data compra: janeiro 2012, o problema é: as vezes ... a embreagem dá um breve e rápido estalo. Isto acontece em meia embreagem. Já ouviu alguma coisa como esta?”
Keila, num carro tão novo, não. As origens podem ser
Pelas leis da física, a rampa máxima seria a de 100%, o que equivale a 45 graus, mas é raro um veículo conseguir este feito.
Para se ter uma idéia, os veículos fora-de-estrada militares têm como requisito de certificação, superar uma rampa de 60% (aproximadamente 30 graus). Naturalmente vencer uma rampa de 30 graus pode parecer pouco (o número é pequeno), mas é uma subida e tanto!
Em tempo, os veículos militares devem também descer a mesma rampa de 60% (tão difícil quanto subir).
Se você nunca tinha visto medir uma rampa em %, vai aqui uma explicação (e um diagrama). Uma rampa de 10% equivale a dizer que a cada 100 metros na horizontal a rampa se eleva em 10 metros. Uma rampa de 30%, a cada 100 metros na horizontal, a rampa sobe 30 metros.
Numa estrada, o trecho de serra, não costuma superar 10%, o que já é uma serra bem íngreme.
Surgiu a dúvida se a recomendação que eu dei sobre colocar ou não no Neutro um câmbio automático vale também para os automatizados.
A resposta é não. Ë preciso lembrar que os câmbios automatizados são formados por caixas de marchas iguais às manuais, que são equipadas com um sistema externo de automação.
Isto quer dizer que, em alguns aspectos, devem ser pensadas e usadas como caixas manuais.
Meu amigo Roberto me perguntou qual a melhor opção, um CRV ou um ix-35.
Respondi a ele que cada um guarda suas vantagens e que minha opinião está baseada na observação como carona, pois nunca dirigi nenhum dos dois.
O CRV acabou de ser renovado, onde poucos componentes foram aproveitados da versão anterior, mas manteve a filosofia de projeto que o tornou um sucesso de vendas. De todos os comentários que li, poderia resumir as opiniões numa frase: “o novo CRV é mais do mesmo”. O que é ótimo.
Meu amigo Alberto está preocupado, o Palio Weekend 1999 1.6.16v que ele tem desde 0 km está acendendo a luz do óleo em marcha lenta.
Disse ele que o sintoma ocorre com o carro quente e a luz do óleo pisca de forma intermitente. Ele informou que o nível de óleo está normal e que ainda faltam uns 3.000 km para a troca de óleo (feita com óleo sintético a cada 10.000 km, segundo ele).
A Petrobras divulgou hoje a seguinte nota à Imprensa:
"A Petrobras e a montadora Mitsubishi Motors do Brasil se juntaram para unir expertises em uma parceria tecnológica. A Mitsubishi passa, a partir deste ano, a recomendar o uso dos combustíveis Petrobras em todos os modelos da marca.
Segundo Claudio Thompson, gerente de Patrocínios Esportivos da Petrobras, "a parceria com a Mitsubishi representa a continuidade do foco principal do Programa Petrobras Esporte Motor, que é desenvolver e testar produtos que possam trazer benefícios para os consumidores. Agora associados a uma equipe oficial de uma das maiores montadoras do mundo, vamos testar nossos produtos em condições extremas de uso."
Parar selar o casamento, a Mitsubishi passa a defender as cores da Petrobras com o nascimento da Equipe Mitsubishi - Petrobras. Já estão previstas participações nas duas maiores competições off road do planeta: o Rally Dakar e o Rally dos Sertões.
De acordo com o presidente da Mitsubishi Motors do Brasil, Robert Rittscher, "A Mitsubishi sempre investiu em desenvolvimento e a parceria tecnológica em combustíveis com a Petrobras incrementa e agrega ainda mais essa característica da marca. Com isso, poderemos desenvolver produtos ainda melhores e quem ganha é o consumidor."
O desenvolvimento de novos produtos, utilizando toda a experiência da equipe Mitsubishi - Petrobras, também está nos planos. O piloto tetracampeão do Rally dos Sertões, Guilherme Spinelli, comemora a novidade: "Com a tecnologia dos nossos carros e o combustível da Petrobras teremos melhores condições de defender o Brasil. Os novos produtos desenvolvidos serão testados nos maiores desafios do mundo", avalia.
Os detalhes sobre o calendário de provas e o novo layout da equipe serão apresentados em breve."
Este tipo de parceria é comum na indústria automobilística. O exemplo mais notório é o da estabelecida há anos pelo Grupo FIAT com a petroleira SHELL, da qual participa também a Ferrari.
Meu amigo Sinval viu um vídeo que roda na Internet sobre o carro a ar, veiculado pela Rede Globo e me perguntou se o tal carro a ar de fato funciona.
O carro a ar é quase tão antigo quanto o movido a diesel, ou o movido a gasolina ou mesmo o elétrico (todos surgidos na virada do século 19 para o 20).
Qual a razão de termos carros a gasolina, a diesel e elétricos e não termos carros a ar? A razão é física e econômica. Explico adiante.
“Comprei um Fiat Palio 1.0 16v Fire ano 2001 completo motor com 83.000 km, saí com ele da loja ....não parecia ter defeito algum, lisinho e bem silencioso. ....verifiquei o nível do óleo do motor e estava no máximo, porém não havia etiqueta de identificação da data da última troca... no mesmo percebi que de vez em quando saía uma fumaça preta no escapamento. Minha duvida é a seguinte: será que ele está queimando óleo ou esse óleo que ele esta já esta muito velho...se estiver mesmo queimando, qual o procedimento a ser feito?”
Jonas, a fumaça preta é um mau indício. Como você não sabe quando o óleo