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A Hyundai começa a
comercializar no Brasil o Equus e o compara a um Rolls Royce (RR para os
íntimos). Eles são comparáveis?
Em primeiro lugar vou falar
em tese, pois nunca andei em nenhum dos dois.
Depois recomendo ao leitor
ler o post “Os carros, os vinhos, os preços e a ditadura dos especialistas” (http://carrosemduvida.blogspot.com.br/2011/12/os-carros-os-vinhos-os-precos-e.html),
o mais elogiado deste BLOG desde o início de sua publicação, e o convido a
fazer suas próprias reflexões sobre o assunto.
Voltando ao Equus, ele
incorpora uma série de avanços tecnológicos difíceis de serem encontrados
noutros carros (o RR é um ícone, não é um carro), alguns deles presentes (até
então) apenas nos RRs, o que permitiu à fabricante coreana criar uma comparação
de seu carro com o ícone inglês.
Verdade seja dita, a Hyundai
não compara no anúncio da TV o Equus ao RR, apenas diz que algumas tecnologias
disponíveis no seu Equus apenas podem ser encontradas nos RRs. Ponto.
As comparações ficam a cargo
dos potenciais compradores do Equus, que vêem a oportunidade de ter acesso a
este mundo de exclusividades sem ter que pagar o que custa (e vale) um Rolls.
Em tempo, o Equus é muito
bonito e bem acabado. Por melhor que seja a Hyundai e mais capaz for de
aproximar a excelência da RR nas suas fábricas, faltará sempre a ela a
experiência (a RR já fazia carros excepcionais na década de 20 do século passado)
e a exclusividade da produção de pequenas quantidades. A RR pode se dar ao luxo
de ter um “artista” que pinta TODOS os
filetes laterais de seus carros, num trabalho perfeito, delicado e minucioso,
feito à mão e com pincel! Impensável na produção massificada e automatizada da
Hyundai.
Cá entre nós, a estatueta de asas abertas era absolutamente dispensável.
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