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domingo, 4 de dezembro de 2011

Renault Sandero Stepway 1.6 16V 2010 / 2011




Km inicial do teste – 0 km
Km rodados – mais de 7.000 km
Local do teste – Rio de Janeiro, Out/2010 a Ago/2011
Cenário de teste – cidade, vias expressas e estradas do Rio de Janeiro.

Na direção – A direção hidráulica é pesada, mas bem direta. Não transmite as irregularidades do solo. A sensação é de segurança em retas e curvas. A posição de dirigir é boa, bem elevada, com regulagem de altura do banco do motorista, mas não há regulagem da coluna de direção. O rodar é agradável, não chega a ser silencioso, mas o nível de ruído é coerente com carro “aventureiro”. Em trechos de terra, a grande distância do solo e o bom curso da suspensão favorecem aos que pretendem se aventurar num “fora de estrada light”.

Do motor e câmbio – O quatro cilindros, de 1.6 litros, vibra pouco, mas não empolga, é “opaco”, transmite a sensação de que é acanhado para o peso do carro. O câmbio curto ajuda no desempenho, mas para isto é preciso pisar fundo. O Stepway tem curso de embreagem muito longo e “pega alta” (você tira o pé e o carro não se desloca), o que requer algum tempo para se adaptar. Até os 3.000 km, como prevê o manual do proprietário, o desempenho deixa a desejar e o consumo é alto. Depois os dois melhoram.

Da suspensão e do chassis – A suspensão de curso longo é bastante firme e ágil, sem ser desconfortável, coerente com a proposta do carro. Absorve surpreendentemente bem as irregularidades. A sensação é de robustez. A dirigibilidade como um todo não foi comprometida com a elevação da suspensão, característica desta versão, a menos dos momentos de aceleração plena, quando a frente levanta e o Sandero “passarinha”. Nas ladeiras a característica se agrava.

Do acabamento e conforto – O acabamento interno é muito simples e mal cuidado, há rebarbas nos plásticos e encaixes desalinhados, está abaixo de seus pares (VW Crossfox e Idea/ Palio Weekend Adventure). Os materiais são de qualidade duvidosa, o som original, apesar de muitas funcionalidades, é medíocre. Os bons pneus (da Continental) fazem um pouco de barulho acima de 80 km/h. Portas grandes e de bom ângulo de abertura, garantem bom acesso. Os projetistas faltaram às aulas de layout na faculdade. Os botões de acionamento dos vidros elétricos são mal posicionados (dianteira e traseira). O controle do ar-condicionado é muito mal colocado, assim como o dos retrovisores elétricos e das travas das portas (tudo errado). As molduras prateadas dos difusores de ar refletem nos vidros, atrapalhando a visão nos retrovisores. As luzes internas são vergonhosas, pequenas e junto ao pára-brisa, não iluminam bem o interior. Por outro lado, o espaço no banco de trás é bom e o porta-malas espaçoso para um hatch. O computador de bordo é útil, apesar das poucas funções e painel simples. O ar condicionado tem desempenho fraco.

Pontos fortes – Suspensão firme e robusta. Projeto moderno garante ótima rigidez torcional e privilegiada relação volume/peso. Bom vão livre do solo e grande curso da suspensão. Bom espaço interno, acesso fácil. Preço competitivo do carro 0 km. Sensação de robustez ao guiar. Garantia de três anos.

Pontos fracos – Acabamento simplório (coerente com um básico de entrada, mas inadmissível num carro deste preço e proposta) e mal cuidado (incoerente com qualquer versão). Direção pesada nas manobras de estacionamento. Instabilidade direcional nas acelerações fortes, principalmente em subidas. O acelerador “borrachudo” requer atenção para que o carro tenha performance compatível com sua relação peso/potência. Iluminação da cabina e disposição dos comandos internos.