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domingo, 4 de dezembro de 2011

Super-alimentadores.



Se o nome não lhe pareceu familiar a palavra turbo, pode lhe aproximar do assunto. Na verdade os turbo-compressores são uma particularização dos super-alimentadores.

De maneira genérica, os super-alimentadores são componentes externo aos motores de combustão têm a função de aumentar a quantidade de ar admitida nos motores. Para cumprir esta função eles requerem energia, desta forma, os chamados “turbos” costumam fazê-lo através da energia disponível nos gases de escape do motor.

Os gases do escape” acionam um impelidor, que gira em alta velocidade (como um cata-vento). Este impelidor aciona o impelido, que também gira em alta velocidade (como um ventilador) aumentando a pressão e a vazão de ar no coletor de admissão.

Como resultado, temos mais ar (conseqüentemente mais oxigênio) sendo empurrado para dentro do motor para ser queimado na câmara de combustão.

O turbo, como aproveita a energia que estaria sendo jogada fora nos gases de escapamento, em muito pouco impacta negativamente o funcionamento do motor, atuando apenas positivamente, viabilizando mais ar e mais pressão na câmara de combustão, o que acaba por resultar em mais potência e torque disponíveis.

Naturalmente, mais combustível também será necessário. Num moderno motor mapeado, a programação do computador terá que ser alterada. A bomba elétrica de combustível terá que ser trocada na maioria dos casos. Num motor carburado, a “giglagem” terá que ser aumentada.

Como característica de funcionamento dos turbos, por utilizarem gases de escape, eles dependem de o motor estar funcionando a uma rotação relativamente alta. Tipicamente seus efeitos benéficos são sentidos a partir dos 3000 rpm.

Como a velocidade do impelido depende da velocidade do impelidor e esta depende da rotação do motor, para as altas rotações é adotada uma válvula de alívio, para evitar que uma pressão/vazão demasiadamente alta, acabe por danificar o motor, conduzido por um motorista desavisado e de “pé pesado”.

Os compressores, comercialmente chamados de Superchargers, Kompressors, etc, tem função similar aos turbos, seu lado impelido também é muito parecido com o do turbo, mas o lado impelidor é diferente, ele se abastece de energia do próprio motor, através de acionamento de polias ou engrenagens, o que “rouba” potência do motor.

Naturalmente o balanço é bem positivo, se por um lado se “rouba” alguma energia para acionar o impelidor, por outro o impelido despeja ar nas câmaras de combustão, o que viabiliza mais pressão e mais vazão, gerando a possibilidade de se ter mais potência e torque.

Por ter acionamento mecânico (polias ou engrenagens) os compressores acabam por se fazerem presentes mais cedo que os turbos. Já em regimes como 1500 rpm é possível sentir seu efeito, “enchendo” o motor e dando-lhe vida mais alegre.

Há defensores das duas alternativas. Em poucas palavras, poderíamos dizer que os turbos servem aos que buscam melhor performance e costumam andar com o motor em altas rotações. Já os super-carregadores mecânicos são mais indicados para o uso diário, pois faz-se presente em regimes de rotação “politicamente corretos”.

Se o seu carro é super-carregado e você pensa em instalar um kit de gás natural, consulte um especialista, pois o aumento da pressão no coletor de admissão torna a mistura ar-combustível literalmente explosiva!

A solução seria a instalação de injetores de alta pressão, que injetam GNV diretamente na câmara de combustão. Hoje esta é uma solução existente, mas cara, a ser importada pelo instalador.

Se você ouviu falar que os motores turbo são menos duráveis, posso lhe dizer que esta é uma meia verdade. Se o motor saiu da fábrica turbinado, ele durará o mesmo que duraria um aspirado. Desde que usado sob as mesmas condições, as diferenças seriam mínimas. Já se é feita uma adaptação numa oficina, a tendência é que o afastamento das condições originais de projeto levem à uma redução da vida útil do motor.

Em ambos os casos, o peso do pé do motorista vai determinar os efeitos do turbo sobre a vida do motor.