Meu amigo Sinval viu um vídeo que roda na Internet sobre o carro a ar, veiculado pela Rede Globo e me perguntou se o tal carro a ar de fato funciona.
O carro a ar é quase tão antigo quanto o movido a diesel, ou o movido a gasolina ou mesmo o elétrico (todos surgidos na virada do século 19 para o 20).
Qual a razão de termos carros a gasolina, a diesel e elétricos e não termos carros a ar? A razão é física e econômica. Explico adiante.
Atualmente uma empresa francesa comercializa o carro, mas a aceitação no mercado é pequena. A razão é simples, o custo de operação é alto, já que a eficiência energética é muito baixa.
Os custos citados na matéria são equivocados. É fácil entender. É necessário, em primeiro lugar comprimir o ar (ciclo termo/mecânico de baixa eficiência), depois armazenar o ar (etapa com poucas perdas) e depois descomprimir o ar (mais um ciclo de baixa eficiência) numa máquina alternativa que poderia ser chamada de "motor pneumático" (um compressor invertido).
No modelo francês ainda presentes caixa de câmbio, diferencial, embreagem, etc, tudo como num carro convencional, ou seja, não há ganhos pelo sistema de transmissão (como nos elétricos).
Resumindo, são SÓ DESVANTAGENS. A reportagem da Globo é, na melhor das hipóteses, ingênua, quando fala que ar é energia....
A tal empresa francesa tenta, num modelo CORRENTE de fazer negócios, angariar sócios pelo mundo. Um dos "enganados" (ou enganadores) deve ser o autor da apresentação em MS PowerPoint que também está circulando na Internet...e que fala da economia que o carro a ar pode trazer, da redução de emissões que ele representa e como será lucrativo investir numa fábrica brasileira de carro a ar....
Eu não apostaria um centavo meu nela.
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