Reavaliação do Suzuki Gran Vitara 2.0 4x2 2011

Esta é uma reavaliação, por conta de ter continuado usando o Gran Vitara, agora com mais de 12 mil km rodados.

km inicial do teste – 0 km

km rodados – mais de 12.500 km

Local do teste – Rio de Janeiro, Jun/2011 a Abr/2012

Cenário de teste – ruas e vias expressas do Rio e estradas (entre Rio, Angra dos Reis e Teresópolis).

 Foto promocional da Suzuki.

Na direção – A direção hidráulica continua leve e direta, e corretamente ganha peso rápido com a velocidade. Transmite bem as irregularidades do solo, ou seja, não dá solavancos, mas não isola o motorista, característica importante num carro de alma off-road. A posição de dirigir é boa, bem elevada, com regulagem de altura do banco do motorista e da coluna de direção. Em pisos lisos, o rodar continua macio, silencioso e agradável, beira as sensações que seriam esperadas de um automóvel de luxo, não parece um SUV.

Do motor e câmbio – O quatro cilindros, de 2.0 litros, é excelente, silencioso e vibra muito pouco. Pode parecer pequeno para o peso do carro, mas, surpreendentemente não compromete o prazer de dirigir. Com a quilometragem, os 140 HP parecem que tem ajuda externa...O câmbio de cinco marchas, muito bem escalonado, ajuda a tirar o máximo do motor, mas requer atenção para tirar bom proveito do 2.0. Manter o motor acima de 2000 rpm é fundamental para uma tocada agradável, segura e econômica, isto mesmo, parece contradição, o pequeno motor anda bem e é econômico (e o Vitara é pesado). A tração traseira é fiel à proposta do carro, diferente de outros SUVs 4x2 (concorrentes diretos do Suzuki) que inexplicavelmente têm tração dianteira.

Da suspensão e do chassis – A suspensão é bastante firme e ágil, sem ser desconfortável, coerente com a proposta do carro. Rodando na cidade, parece a de um automóvel, com a vantagem de estar preparada para nosso padrão de ruas esburacadas sem sofrer danos. A quilometragem não a afetou, continua firme e silenciosa, apesar de já ter identificado um pivô com a borracha fraturada, que deverá ser trocado em breve. Subir meio-fios, vencer quebra-molas e cair em (incontáveis) buracos, deixa de ser uma experiência assustadora quando você está no Vitara, ele lida com todos estes obstáculos com desenvoltura de atleta (o pivô avariado é a marca que as ruas do Rio deixaram).

 O painel é muito parecido em todas as versões.

Do acabamento e conforto – O acabamento é muito bem cuidado, com visual mais moderno que seus concorrentes diretos. Os materiais são de boa qualidade, o som é muito bom, o nível de ruído é muito baixo e a vida a bordo é fácil, com piso plano, portas grandes e que abrem em ângulos perto dos 90 graus. O tecido dos bancos tem ótima aparência e tato agradável. São fáceis de serem limpos. Os carpetes são grossos e de ótima qualidade, mas o do motorista merecia uma fixação melhor. O espaço no banco de trás é bom, bem maior que os dos concorrentes diretos. O controle de velocidade do limpador de pára-brisas e o controle digital para o ar condicionado funcionam à perfeição. O computador de bordo, de poucas funções, é útil, preciso e tem visual bonito. Além da temperatura ambiente e dois odômetros parciais, há um interessante medidor de consumo instantâneo, além de velocidade média, autonomia e consumo médio. Um barulho no encosto do banco traseiro vem se agravando com a quilometragem, está ficando chato!

Pontos fortes – Bom desempenho e economia para a categoria. Tração traseira. Câmbio preciso e agradável. Ótimo acabamento, bom espaço interno, piso plano e acesso fácil. Ampla porta traseira. Faróis eficientes. Preço competitivo do carro 0 km se comparado aos seus concorrentes diretos.

Pontos fracos – O Vitara ficaria ainda melhor com um motor um pouco maior. O pára-brisa não tem dégradé. Falta luz no porta-luvas. Os largos pneus aro 17, de uso misto, deslizam com facilidade no asfalto muito molhado, mas a característica não se agravou com a quilometragem. Apenas duas concessionárias na cidade do Rio de Janeiro e relativamente poucas no Brasil.

Comentário final - Quando comprei o carro, os dois vendedores que me atenderam reforçaram o ponto de que as revisões eram a cada 10.000 km. Quando fui agendar a primeira, o atendente perguntou se era a 10 mil ou a de seis meses. Estranhei e fui ver o manual. Lá, ao contrário do que disseram os vendedores, as revisões semestrais estão previstas. Volto a comentar o assunto quando fizer a próxima (ou quando a Suzuki se manifestar). O preço da revisão de 10.000 km foi exatamente o que estava no anúncio de quando o comprei.

Colaboração de Vitor Lopes Martins