Benvindo ao Blog Carro Sem Dúvida !


Caro Leitor, gostaria muito de ouvir suas dúvidas automotivas e também sua opinião, seja sobre temas a tratar, carros a avaliar, tendências tecnológicas ou outro assunto afeto à temática deste blog. Alerto que algumas funções do blog não funcionam bem no Internet Explorer, use outro navegador.

Mande suas perguntas para blogdoronaldomartins@gmail.com. Terei prazer em responder.


O blog agora tem o seu próprio endereço, onde passarei a fazer os novos posts, em carrosemduvida.com, mas lá continuarei com as cinco linhas principais, as quais comento aqui abaixo e à esquerda.


Obrigado pela visita, Ronaldo Martins.


segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Crossover e SUVs, voltando ao assunto.


Para os que não se satisfizeram com o post sobre as diferenças entre CROSSOVER e SUV, seguem algumas fotos de exemplos marcantes:

domingo, 29 de janeiro de 2012

Mazda CX-7 2.5 litros 4 cilindros 4x2


milhas iniciais do teste – 2 milhas
milhas rodadas – mais de 500 milhas
Local do teste – Califórnia / Estados Unidos / Jan./2012
Cenário de teste – cidade, vias expressas e freeways.

sábado, 28 de janeiro de 2012

Em tempo...


No post de ontem faltou esclarecer : "crash test" é um teste de impacto do carro contra um muro de concreto ou metal (fixos e indeformáveis) que busca avaliar a capacidade de proteção aos passageiros que o carro em teste pode oferecer.

Este tipo de teste é feito por fabricantes, autoridades governamentais e por entidades independentes ligadas à segurança de passageiros e direitos do consumidor. 

Nos Estados Unidos o NHTSA, sigla de National Highway and Traffic Safety Administration, é a entidade governamental que cuida destes testes e cria um ranking de carros, de acordo com a segurança que cada veículo testado demonstrou durante os testes (o crash test é um dos ensaios realizados em cada veículo).

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

O Volt ainda sob suspeita.

As razões do mercado são imprevisíveis. No "post" de 25/1 falei sobre novamente sobre o Volt e comentei que ele não havia "decolado" no conservador mercado americano.

No USA TODAY de ontem pode estar uma explicação.

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Ford Focus 2012

O Ford Focus vendido hoje no Brasil, não chegou aos EUA (onde foi feita uma maquiagem no carro que foi também vendido no Brasil). 

No Brasil o Focus é igual ao europeu, vendido até 2011. Agora a Ford vai ter apenas um modelo para o Focus, dentro da filosofia de carro mundial, que busca identidade e, claro, redução de custos.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Mudanças acontecem, mas lentamente.

Há mais de uma semana andando pela Califórnia e só vi um Chevrolet Volt rodando na rua. No estado de lidera as ações verdes nos Estados Unidos, é comum ver Toyotas Prius há anos. Também vi carros de serviço movidos a hidrogênio (uma pequena frota em Santa Mônica). Em Beverly Hills e Hollywood é comum ver famosos (e candidatos a) dirigindo carros híbridos ou elétricos.

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Nissan Armada SV, 4x4, 5.6 litros, V8, 32V



milhas iniciais do teste – cerca de 31.700 milhas
milhas rodadas – mais de 500 milhas
Local do teste – Califórnia / Estados Unidos / Janl 2012
Cenário de teste – cidade, vias expressas, freeways e estradas de montanha.

Comentário inicial - O “monstro” Armada é tipicamente um SUV americano. Grande, bem acabado e confortável, mas os japoneses acertaram a suspensão e o consumo, se comparado a outros SUVs americanos (por exemplo: o Montaneer, também avaliado neste BLOG) e, claro, tendo a referência na categoria de tamanho e peso deste Nissan. Para quem nunca viu um, vale dar uma olhada nele do lado de outros carros conhecidos no Brasil.
 Nesta, ao lado de um Toyota 4Runner

 Nesta "tampando" um Pajero Full estacionado ao lado.

Na direção – A direção é leve, mas progressiva, não transmite irregularidades do solo, bem ao gosto americano. A sensação ao volante é bem melhor que em outros SUV grandes que dirigi. O Armada não balança tanto como é comum nesta categoria. As rodas de aro 18” são calçadas com ótimos pneus de uso misto, que são inesperadamente silenciosos. Apesar da quilometragem elevada, o carro se mantém bem justo.

Do motor e câmbio – O V8 de 5,6 litros é silencioso, quase inaudível de dentro do carro, vibra muito pouco e leva bem o SUV, apesar do peso elevado (são mais de três toneladas!). Claro que não são possíveis pretensões esportivas, apesar das respostas ao acelerador serem rápidas. Mesmo andando a mais de 110 km/h o Armada se mantém calmo, sem balanços laterais desagradáveis. O câmbio (de cinco marchas) é bem escalonado, ajudado pelo enorme motor de 317 HP. Apesar do tamanho e do peso o Armada não é beberrão (médias acima de 7km/l são comuns em uso misto e cerca de 10km/l em estradas).



Da suspensão e do chassis – A suspensão é macia, mas sem exagero, O SUV não tomba muito nas curvas e é firme nas retas. Nas pirambeiras de uma estação de ski que visitei, o Armada mostrou sua vocação, com o sistema de tração 4x4 no automático, o computador decide o que fazer e o Armada se mantém sempre bem tracionado.  

Do acabamento e conforto – O ar condicionado é digital, com controles independentes para motorista, passageiro e compartimento traseiro. O acabamento é muito bem cuidado, com materiais de ótima qualidade, o som Bose é excelente e conta com disqueteira de seis CDs. Air-bags só para motorista e passageiro da frente (com sensor para desligar quando o passageiro não está a bordo).



O nível de ruído é muito baixo, como nunca tinha visto num SUV (poderia ser comparado ao de um sedan de luxo). A vida a bordo é fácil, com portas enormes e acesso fácil, ainda que seja necessário subir no estribo para chegar no interior do Armada. A sensação geral é de conforto e qualidade. Há regulagens elétricas para os pedais e para o banco do motorista, o que torna quase impossível não achar a posição ideal para dirigir.


O desenho da carroceria é atual e sem exageros (a menos do tamanho). Com mais de 5,20 metros de comprimento, mais de 2 metros de largura e 1,96 de altura, não há como não se sentir à vontade no Nissan. Há muito espaço para oito passageiros e o acesso à terceira fila é razoável.

A terceira fila rebate eletricamente (1/3 e 2/3), transformando o bom porta-malas em uma garagem (parece caber um Smart lá dentro). A fileira central tem três acentos reclináveis e rebatíveis, com saídas de ar condicionado e iluminação individuais (como numa cabine de avião). A tampa do porta-malas tem a opção de abrir somente o vidro, o que é muito prático.



No painel, uma tela de 7” mostra várias funções do som, do computador de bordo e também imagens da câmera de ré, acoplada a sensores (sonares) de posição, dois itens quase obrigatórios num carro deste tamanho. Falta um GPS e um leitor de DVD, acessórios presentes em carros bem mais simples e baratos.

Pontos fortes – Motor forte. Rodar macio, estável e muito silencioso. Excelente espaço para passageiros e bagagens. Bom acabamento. Economia de combustível. Som Bose. Sistema de tração 4x4 de múltiplas opções.

Pontos fracos – Falta um GPS no painel de LCD. Nesta versão SV (de entrada) falta o tocador de DVD.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Qual a razão de baixar a pressão dos pneus para andar na areia?


A areia é um solo de baixa consistência e, portanto, facilmente “cavável” caso o pneu gire em falso. Ao baixar a pressão

domingo, 22 de janeiro de 2012

O que é o fading dos freios?


A palavra em inglês está associada à idéia de fadiga ou perda de força.
No caso dos freios, o uso continuo e excessivo, como uma descida de uma longa serra, pode causar o fading, por conta do aquecimento dos componentes de atrito.
Freios a tambor são mais suscetíveis ao fading, mas ele pode ser observado também em carros dotados de freio a disco nas quatro rodas.
A elevação da temperatura de pastilhas e discos, ou das lonas e tambores, muda a característica de atrito entre os componentes, fazendo com que percam capacidade de frenagem.

sábado, 21 de janeiro de 2012

Aerofólios e spoilers de fato funcionam?



Esteticamente sim, para melhorar (ou piorar) a aparência do seu carro. Aerodinamicamente? Aí depende.
Se a sua dúvida é sobre estes apetrechos comprados nas lojas de acessórios, a resposta é: provavelmente não.
Sem um bom estudo em túnel de vento ou (pelo menos) uma simulação computacional, é muito provável que um acessório destes mais atrapalhe que ajude a aerodinâmica do seu carro.
Entretanto, vale lembrar que, bem ou mal projetados, os acessórios aerodinâmicos só passarão a atuar (fazer diferença) em velocidades mais elevadas, acima dos 90 ou 100 km/h.

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Como funciona a alavanca Selectration® que equipa os antigos utilitários da fábrica Gurgel?


A alavanca Selectration® foi uma idéia simples e bem sucedida que a Gurgel implementou em seus utilitários 4x2 e que tinham a pretensão de serem carros “fora de estrada”.

A alavanca de freio de mão, que na maioria dos carros atua nos dois freios traseiros, ganhou duas alavancas laterais independentes, uma atuava só no freio esquerdo e outra, só no direito.

Com este dispositivo simples era possível transformar o diferencial da VW que a Gurgel adotava, num diferencial blocante, pois os freios de cada roda, atuados de forma independente, faziam o papel do bloqueio do diferencial, evitando que uma roda sem aderência “sugasse” toda a rotação da caixa.

Exemplificando, se a roda direita caia num lamaçal e patinava, impedindo que o Gurgel avançasse, o motorista acionava a alavanca da direita e o freio travava esta roda e o diferencial jogava torque para a roda esquerda, movimentando o carro.

Existem fabricantes que ainda hoje fabricam sistemas baseados na Selectration®, que podem ser adaptados em Fuscas, Brasílias, Variants, buggies, Kombis e noutros carros que tenham tração traseira, é só procurar a Internet.

A foto é um exemplo.



quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Ainda não foi desta vez com o Camaro...


Esta foi minha segunda tentativa frustrada de alugar um Camaro. Nas locadoras ele é disputado e costuma estar em falta na hora de retirá-lo, independente de estar reservado (esta é a regra).

Cheguei esta semana em Los Angeles e, depois de uns 15 minutos aguardando, um Camaro SS recém devolvido e ainda molhado da lavagem me foi entregue. Vermelho, lindo e....apertado.


Olhei o banco de trás e vi que minha filha teria dificuldades de passar uma semana sentada nele, durante nossos longos deslocamentos em LA. O acesso é minúsculo e feito para emergências, não para uso diário. Decidi tentar e peguei minhas malas, mas logo descobri tinha o carro certo na hora errada. 


Lição aprendida: Camaro é um prazer para se curtir só ou com mais uma pessoa e, claro, nada mais do que uma mala (que não pode ser muito larga pois a “boca” do porta-malas é pequena). 

Vale destacar, o interior do SS é sensacional, com ar retrô e bem funcional, mas sentar no banco do motorista requer flexibilidade, a cabeça bate na entrada e na saída (mesmo eu tendo menos de 1,80 m). Depois de sentado, feitas as regulagens elétricas para tudo, você esta “vestido” de Camaro, o carro te abraça. Infelizmente, tive que tirar esta roupa esportiva e trocar por algo mais familiar.

Depois de muitos risos com o pessoal da AVIS, eles me trouxeram um gigantesco Nissan Armada (posto uma avaliação em alguns dias).

Veja as fotos dos dois juntos (e das nossas malas). Puro otimismo!



quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Calibrar o pneu frio é importante?


Sim. Quando saímos com o carro pela primeira vez no dia, o pneu está na temperatura ambiente. Depois de alguns quilômetros, o contato com o asfalto, o atrito de rolamento e o calor gerado pela deformação do pneu e pelas frenagens, faz com que a temperatura do pneu se eleve muito.

Lembra a regra da Físico-Química P.V/T = P1.V1 /T1 ? Ela vale para o ar dentro do pneu. Só para exemplificar, um pneu que saiu da garagem a 23o Celsius e com 30 psi de pressão, depois de rodar um pouco e atingir 50 o vai estar com quase 33 psi de pressão interna.

Se rodar mais, num dia quente e 80 o vai estar com quase 36 psi de pressão interna.

Esta variação foi avaliada pelo fabricante do carro e do pneu para estabelecer a pressão adequada e, para criar um critério único de utilização, se referenciou a pressão nominal do pneu na sua condição fria (perto da temperatura ambiente).

Em tempo, psi é a abreviatura de pounds per square inch (libras por polegada quadrada) unidade de medida para pressão no Sistema Inglês de medidas.

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Qual o melhor sistema de direção, a hidráulica ou a elétrica?



Para o meu gosto a elétrica, mas há controvérsias.

Prefiro o sistema de assistência elétrica, pois, nas que dirigi, havia ótima progressividade (leves em manobras e firmes em altas velocidades), gradiente mais difícil de ser conseguido num sistema de assistência hidráulico.

Também, em base teórica, prefiro a elétrica, pois acumula energia ao longo do tempo (na bateria) para ser usada quando necessário, no caso da hidráulica, a energia é consumida do motor a cada momento de uso, tendendo a ser menos otimizada que a elétrica.

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Importar peças pelo correio sai mais barato?



Depois do post sobre importação de peças me fizeram esta pergunda óbvia. Se você não leu o anterior, sugiro que leia o que respondi sobre o “como” importar.

Respondendo à atual pergunta: definitivamente sim!

Na minha convivência  com meu Accord 1992 por mais de sete anos importei várias vezes peças de reposição e sempre saíram MUITO mais barato que comprá-las no Brasil.
Um amigo que tem um PT Cruiser, vivenciou o mesmo. Ao fazer uma revisão programada, diagnosticaram que ele deveria trocar os quatro conjuntos de pastilhas de freios e os quatro amortecedores, a um custo total acima de R$ 5 mil.
Ele recorreu à importação e recebeu as peças em três dias (um recorde, é verdade). 
Mandou instalá-las no seu mecânico de confiança. 
A soma de todas as despesas ficou abaixo dos mil e quinhentos reais, menos de um terço do que teria gasto na concessionária.

sábado, 14 de janeiro de 2012

Mais uma sobre o Cx (coeficiente de arrasto aerodinâmico) .


Havia prometido voltar ao tema do Cx (coeficiente de arrasto aerodinâmico).
Apenas para apimentar as discussões a respeito, resolvi postar os Cx de algumas formas bem conhecidas, para que você tenha uma idéia de como a forma influencia no arrasto aerodinâmico de um veículo.
Observe os valores de Cx destas formas geométricas (o fluxo de ar está representado pela seta azul):

        O Cx de uma esfera é 0,47 (adimensional, veja o post anterior sobre este assunto).

        Já o da meia esfera é 0,42, o que mostra a influência da saída do ar na composição do Cx.

        Já o Cx do cone é 0,50.

        Para um cubo “atacado” numa face, o Cx é 1,05.

        Se o mesmo cubo for “atacado” numa aresta, o Cx cai para 0,80, o que denota a relevância da posição do corpo com relação ao fluxo de ar.

        Outra curiosidade é o cilindro, se for longo, o Cx será 0,82.

        Já se o cilindro é curto, o Cx sobe para 1,15.

        Um corpo em forma de gota tem o Cx de 0,04. Esta é a forma otimizada adotada pela natureza para romper o ar (é a forma da gota de água caindo na atmosfera).

        Já um corpo em forma de meia gota, terá ainda o Cx bem baixo, de 0,09, mas mais do dobro do Cx da forma de gota. Esta é uma forma assemelhada à dos carros de competição de baixo arrasto aerodinâmico.

Noutra oportunidade, voltarei ao tema, mostrando os coeficientes de arrasto aerodinâmico para as formas básicas de carrocerias típicas de automóveis.

Como importar peças para carros?



Tive um Accord 1992 por mais de sete anos. Quando o comprei, quase enlouqueci com o preço das peças nas concessionárias da Honda e pela escassez de alternativas no mercado paralelo formal.
“Meus problemas acabaram” quando descobri, na Internet, a loja virtual Rockauto (www.rockauto.com) uma das muitas existentes nos Estados Unidos, mas a única que na época entregava no Brasil (vale a pena dar uma pesquisada nas tantas outras similares que existem nos EUA e Europa).
Com um vasto catálogo, a empresa remete as peças para a sua casa no Brasil, que chegam em prazos que variam de três a 15 dias (casos reais das diversas importações que fiz).
É possível que agora já haja outras que tenham achado este filão brasileiro, mas como só experimentei esta, tenho tranqüilidade para citar (não estou fazendo propaganda, apenas constatando os fatos).
Naturalmente, para fazer compras lá, é necessário ter um cartão de crédito brasileiro de validade internacional.

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Para que serve o ABS?



Numa frase curta, para aumentar a segurança das frenagens.

O ABS (da sigla em inglês para “sistema anti-travamento de freios”) conta com uma central eletrônica ligada a quatro sensores de velocidade, um instalado em cada roda.

Quando, ao freiar, uma das rodas gira mais devagar que as demais, a central interpreta que ela travou (ou vai travar) e reduz a pressão na linha hidráulica do freio daquela roda, reduzindo a capacidade de frenagem daquele freio e, desta forma, mantém a roda girando em velocidade igual às demais, desacelerando o carro.

Vale lembrar que o atrito de rolamento é bem maior que o atrito estático (veja artigo sobre o tema neste blog) e, portanto, manter as rodas aderentes ao solo, sem travar, garante frenagens mais eficientes.

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Fiat Siena Fire 1.0 8V 4P 2003



Fotos de um carro similar ao que dirigi no RS.

km inicial do teste – mais de 20.000 km
km rodados – mais de 400 km
Local do teste – Porto Alegre, Abril/2003
Cenário de teste – cidade, vias expressas e estradas do Rio Grande do Sul.

Na direção – Esta era, em 2003 a versão de entrada do Siena, A direção sem assistência é pesada. O nível de ruído é alto e a resposta ao acelerador lenta, mas já melhor que a do Palio SX, mas muito aquém do Siena ELX, ambos avaliados neste blog. O Siena é aceitável para a cidade, mas deixa a desejar na estrada, principalmente se carregado. A posição de dirigir é boa, bastante elevada, sem regulagem de altura do banco do motorista e da coluna. O rodar não é macio, mas não chega a ser incômodo.


Do motor e câmbio – O quatro cilindros, de 1.0 litros, de 8V já estava bem acertado, o que gerava um desempenho coerente com o tamanho do carro e do motor. O câmbio de cinco marchas é curto e preciso, e tenta ajudar a resolver a falta de “musculatura” do motor.

Da suspensão e do chassis – A suspensão é firme, sem comprometer o conforto. Nas curvas transmite segurança e não exibe o balanço das versões mais modernas dos Sienas.


Do acabamento e conforto – O acabamento é muito simples, mas com tecidos e revestimentos plásticos de boa qualidade. O nível de ruído é alto, mas menor que o do Palio SX. O porta-malas é excelente, uma referência do mercado. A vida a bordo é amenizada pelo bom layout interno, mas faltam itens de conforto, disponíveis em versões superiores e mais caras. O ar condicionado funciona muito bem. No banco de trás, dois adultos viajam com razoável espaço. Há poucas firulas eletrônicas (chave codificada, temporizador da luz interna e imobilizador do motor). O painel tem apenas o indispensável.

Pontos fortes – Conjunto motor / câmbio robusto e confiável. Bom layout interno. Baixa necessidade de manutenção. Bom preço de revenda. Ótimo porta-malas. Bom preço de revenda.

Pontos fracos – Desempenho com o carro cheio. Chave codificada já não é barreira para os ladrões “profissionais”. Alto nível de ruído e acabamento espartano.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

O que é comando variável de válvulas?


As válvulas de admissão e de descarga dos motores são abertas pelos cames (excêntricos) instalados nos eixos de comandos de válvulas em ângulos prefixados no projeto do motor.
Nos motores modernos de carros que tem preço que permita a incorporação de tecnologias mais caras, é comum a instalação de comandos variáveis. Estes comandos, dependendo da rotação e da carga do motor, variam os ângulos das cames, buscando a condição ótima para aquela situação.
Os sistemas de comando variáveis mais simples tem duas posições, uma para altas e outra para baixas rotações, os sistemas mais complexos podem chegar a múltiplas posições.
Os sistemas variáveis podem ser instalados em apenas um eixo, como o de admissão e assim o motor teria admissão variável e exaustão fixa.
O que determina qual sistema usar? Custos.
Quanto mais complexo e eficiente o sistema, mais caro ele é, o que onera o custo final do carro.

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

O que é duplo comando de válvulas?


As válvulas de admissão e descarga dos motores são abertas pelos cames (excêntricos, com seção reta parecida com a de um ovo) instalados nos eixos de comandos de válvulas (veja imagem abaixo).

Nos motores mais modernos estes eixos foram “levados” para a parte alta do motor, que passaram a ser identificados do OHC (da sigla em inglês para comando sobre a cabeça).
Quando as válvulas são acionadas por dois eixos independentes, um para as válvulas de admissão e outro para as de escapamento, os motores passam a ser conhecidos como DOHC (da sigla em inglês para duplo comando sobre a cabeça).
Veja o artigo sobre o funcionamento do motor Otto, para melhor entender a função de cada válvula e de seu respectivo comando.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Pneu furado.


Meu amigo Guilherme está numa “maré de azar”. É da mulher dele o Picanto que está com barulho no motor e a Kia não tem peça para trocar (veja os dois posts neste blog).
Neste final de semana, andando na Lagoa Rodrido de Freitas, ele foi apanhado na armadilha do asfalto frezado (etapa intermediária entre o asfalto velho e o lançamento da nova camada). Um canto vivo cortou a lateral de um dos pneus de seu Hyundai i30 2010.
Como o estepe do i30 é daqueles finos, ele teve que comprar um pneu novo. Às pressas, durante o final de semana, não achou um pneu da mesma marca e medida. Teve que se contentar com um de outra marca e com a mesma medida nominal.
Ele então me perguntou:
Posso rodar com este pneu novo na traseira? Ou devo comprar outro igual para fazer o par?
Respondo:
Infelizmente você deve comprar outro pneu igual ao que você comprou no final de semana. Pneus de fabricantes diferentes, ainda que de mesma medida nominal, já são diferentes por sua construção. Para agravar, o pneu novo terá medida muito diferente daquele já bem rodado e desgastado que está do outro lado. Isto provoca condições diferentes de reação ao solo, principalmente durante frenagens, afetando negativamente a segurança.
Se serve de consolo ao Guilherme, outro amigo comentou que conhece um proprietário de VW Tiguan que está com o mesmo problema, pois não existe o pneu original, adotado pela Volkswagen, para reposição no mercado do Rio de Janeiro.

domingo, 8 de janeiro de 2012

Fiat Palio SX 1.0 8V 4P 1998



km inicial do teste – 0 km
km rodados – mais de 30.000 km
Local do teste – Rio de Janeiro, de Mar/1998 até Mar/2001
Cenário de teste – cidade, vias expressas e estradas do Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais.

Na direção – O SX era a versão de entrada do Palio, que em 1998 estava em seu terceiro ano de fabricação. A direção sem assistência é pesada. O nível de ruído é alto e a resposta ao acelerador, chegou a me assustar ao sair da concessionária. O SX parecia que estava com o freio de mão permanentemente acionado. A posição de dirigir é boa, bastante elevada, sem regulagem de altura do banco do motorista e da coluna. O rodar não é macio, mas não chega a ser incômodo.

Do motor e câmbio – O quatro cilindros, de 1.0 litros, de 8V ainda não estava bem acertado, o que gerava um desempenho aquém do esperado para este Palio. O câmbio de cinco marchas é curto e preciso, mas não chega a resolver a falta de “musculatura” do motor. É decepcionante mesmo para o uso urbano com pouca carga, mas fica irritante numa estrada já com meia lotação de passageiros e carga. Requer destreza para ser conduzido, sempre em altas rotações, situação em que o 1.0 funciona melhor.

Da suspensão e do chassis – A suspensão é firme, sem comprometer o conforto. Nas curvas transmite segurança e não exibe o balanço das versões mais modernas dos Palios.

Do acabamento e conforto – O acabamento é muito simples, mas com tecidos e revestimentos plásticos de boa qualidade. O nível de ruído é alto. O porta-malas é coerente com a categoria. A vida a bordo é amenizada pelo bom layout interno, mas faltam itens de conforto, disponíveis em versões superiores e mais caras. O ar condicionado funciona muito bem. No banco de trás, dois adultos viajam com razoável espaço. Há poucas firulas eletrônicas (só chave codificada,trava elétrica e imobilizador do motor). O painel tem apenas o indispensável.

Pontos fortes – Robustez e confiabilidade do conjunto motor / câmbio. Bom layout interno. Baixa necessidade de manutenção. Bom preço de revenda. Ótimo design da carroceria.

Pontos fracos – Desempenho pífio, aos dos Unos Mille que o precederam. Consumo elevado para o tamanho e desempenho do carro. Chave codificada já não é barreira para os ladrões “profissionais”. Nível de ruído alto e acabamento espartano.

sábado, 7 de janeiro de 2012

Lembra do “post” sobre barulho no motor frio do Picanto?



Pois é, meu amigo Guilherme verificou o óleo e estava no nível normal. Seguiu então meu segundo conselho, “escutou o motor” e resolveu levar o carro para a concessionária Kia.
O Picanto 2011/2012, com pouco mais de 1.000 km foi analisado e, por telefone, o recepcionista vaticinou: “é a coluna de direção, vamos desmontá-la amanhã e entramos em contato”.
O Guilherme gelou e amanheceu na concessionária, para evitar a tragédia. Havia sido um engano. O diagnóstico de “coluna de direção” era de um outro Picanto. Para alívio (temporário) do Guilherme, o Picanto da mulher dele foi diagnosticado como tendo falha na polia da bomba d’água.
Aí começa a nova etapa da novela...não havia a peça na concessionária, nem em nenhuma outra do Rio de Janeiro. Disse o recepcionista: "se houver na central, a peça chega aqui em até 10 dias, mas se não houver em estoque, teremos de esperar a importação".
O “especialista” aconselhou o Guilherme a ir andando com o carro, pois “a chance de quebrar é pequena”. 
Meu amigo está inseguro, tem um carro de 1.000 km rodados, que pode ter a bomba d’água inoperante a qualquer momento e que não tem peça de reposição.
A Kia precisa se preocupar também com o pós-venda. 
Carros interessantes, com preços competitivos e com garantia de cinco anos, são ótimos pilares de venda e sucesso de uma marca, mas que podem ser destruídos pela fama de que os carros da Kia param por falta de peças!
Espero que isto mude.