Vamos exemplificar com um carro fabricado no México, exportado e vendido aqui e nos EUA: o Nissan Tiida S.
Ele custa nos EUA cerca de US$ 14.500 (ABS e motor 1.8). No Brasil (com motor 1.8 flex e sem ABS), ele custa cerca de R$ 51.000.
Numa conta simplificada, ao câmbio de US$ 1,00 x R$ 1,80, teríamos o Tiida “brasileiro” vendido aqui ao equivalente a U$ 28.300, mesmo sendo mais simples que o vendido nos EUA.
Vamos então aplicar os impostos ligados à importação. Se pegarmos os US$ 14.500 e aplicarmos o valor limite de 60%, teríamos o equivalente a US$ 23.200, ou seja, uma diferença de mais de US$ 5.000 !
Podemos, para amenizar, considerar um custo adicional médio de transporte de US$ 800 e incorporá-lo ao preço do carro “americano”. Neste caso, a diferença cairia para pouco mais de US$ 3.800.
Se lembramos que o Tiida é vendido nos Estados Unidos com lucro, podemos concluir que a Nissan do Brasil pretende lucrar pelos menos US$ 3.800 (quase R$ 7.000 ao câmbio citado) a mais que a Nissan dos Estados Unidos. Ou seja, impostos e margens de lucro dilatados, fazem do Brasil um recordista em preços altos de carros.
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