De um carro acho que não, mas de um caminhão é, mas não faça isto!
Esta mesma pergunta foi feita há décadas ao meu pai, professor de Física na PUC-RJ, por um aluno “endinheirado” que tinha uma Berlineta Interlagos. A resposta do meu pai tinha sido apenas SIM e o aluno chegou na sala de aula, na semana seguinte, dizendo que tinha testado e funcionado!
Meu pai caiu em si do tamanho do perigo a que tinha se exposto o idiota! A cena me martelou a cabeça por anos. Em Jan/1997 fui à Florida/EUA para fazer uma pesquisa sobre sistemas de acionamento de válvulas pop-up (do tipo das usadas na admissão e descarga dos motores). Como estava sozinho, vi a oportunidade de colocar em prática a idiotice do ex-aluno do meu pai.
Numa estrada reta, de quatro pistas, escolhi um caminhão (um Mack com cavalo e reboque do tipo baú) que andava a mais de 130 km/h , entrei na faixa dele e fui me aproximando, até ficar a mais ou menos um metro do pára-choque traseiro. Aí coloquei o Geo Prizm em neutro (ponto morto) e o caminhão foi me “puxando” por algumas centenas de metros, até que meu juízo voltou e eu engatei o Prizm e reduzi a velocidade.
Vale dizer que, para entrar e sair da “bolsa” de baixa pressão que se forma na traseira do baú, o carro trepida violentamente, por conta da turbulência gerada pelo deslocamento de ar. A sensação não é nada agradável.
Volto a dizer, não tente isto. É uma completa idiotice, que poderia ter causado dois acidentes fatais (um no Rio e outro ao Norte de Orlando). Não serve nem de historia para contar para os netos, afinal, quem seria idiota o suficiente para dar esta idéia para os netos?
Um comentário:
Que seus netos não leiam isto.
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