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quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Kia Optima (aqui chamado de Magentis) 4 cil., 4 portas, 2007



km inicial do teste – cerca de 15.000 km
km rodados – mais de 1.000 km
Local do teste – Carolina do Norte / EUA / Maio 2007
Cenário de teste – cidade, vias expressas e estradas

Comentário inicial - O Kia Optima, que no Brasil foi comercializado como Magentis, em 2007 dividia a plataforma com o Hyundai Sonata. Como seu “primo”, também pode ser comparado a um Honda Accord da década de 90, quando o Accord foi best-seller por dois anos seguidos. Sentado ao volante a sensação é a mesma de estar dirigindo um Accord EX dos anos 90 (veja a avaliação do EX 92 neste blog).

Se soar como demérito para você é porque você nunca dirigiu um destes Hondas, pois eles eram quase perfeitos, projetados para roubar a cena no mercado americano e firmar a marca Honda no mercado “mais motorizado do mundo”, habituado aos carrões desta época.

Na direção – A direção é leve, progressiva e não muito direta, transmite poucas irregularidades do solo, não “passarinha” nem nas acelerações mais fortes, tampouco em altas velocidades. A sensação é de conforto e segurança. O volante tem ótima pega.

Do motor e câmbio – O quatro cilindros, de dois litros, é silencioso e vibra pouco, leva bem o carro, como um sedã de família. Não há pretensões esportivas. O câmbio de quatro marchas parece “roubado” do Accord, nas qualidades (bom escalonamento) e defeitos (as trocas de marcha são bem perceptíveis – o que, no nível em que ocorre, não poderia ser chamado de defeito). Um câmbio de cinco marchas ajudaria o motor a se apresentar ainda melhor.

Da suspensão e do chassis – Macia em todo o curso, sem ser “molenga”. O carro é firme nas curvas, mas nada de tocada esportiva, estamos num sedã familiar. A carroceria é firme e bem acabada.

Do acabamento e conforto – O acabamento é muito bem cuidado, materiais de boa qualidade, o som é bom, o nível de ruído é baixo e a vida a bordo é fácil, com portas largas e acesso fácil. A sensação é de conforto e qualidade. Não há firulas eletrônicas (numa referência ao jeito japonês de fazer carros), mas um ar condicionado com controle digital seria esperado num carro deste nível. O desenho da carroceria é clássico, impessoal e harmonioso. É difícil achar alguém que não goste do Magentis a primeira ou a segunda vistas.

Pontos fortes – Rodar macio e silencioso. Espaço interno e no porta-malas. Bom acabamento. Garantia de cinco anos (no Brasil).

Pontos fracos – Câmbio desatualizado, incompatível com o tamanho do carro e motor, mas sem comprometer uma condução normal. Falta um controle digital de temperatura no sistema de ar condicionado. No Brasil, grande desvalorização frente às mudanças dos modelos mais atuais.