milhas rodadas – mais de 500 milhas
Local do teste – Califórnia / Estados Unidos / Janl 2012
Cenário de teste – cidade, vias expressas, freeways e estradas de montanha.
Comentário inicial - O “monstro” Armada é tipicamente um SUV americano. Grande, bem acabado e confortável, mas os japoneses acertaram a suspensão e o consumo, se comparado a outros SUVs americanos (por exemplo: o Montaneer, também avaliado neste BLOG) e, claro, tendo a referência na categoria de tamanho e peso deste Nissan. Para quem nunca viu um, vale dar uma olhada nele do lado de outros carros conhecidos no Brasil.
Nesta, ao lado de um Toyota 4Runner
Na direção – A direção é leve, mas progressiva, não transmite irregularidades do solo, bem ao gosto americano. A sensação ao volante é bem melhor que em outros SUV grandes que dirigi. O Armada não balança tanto como é comum nesta categoria. As rodas de aro 18” são calçadas com ótimos pneus de uso misto, que são inesperadamente silenciosos. Apesar da quilometragem elevada, o carro se mantém bem justo.
Do motor e câmbio – O V8 de 5,6 litros é silencioso, quase inaudível de dentro do carro, vibra muito pouco e leva bem o SUV, apesar do peso elevado (são mais de três toneladas!). Claro que não são possíveis pretensões esportivas, apesar das respostas ao acelerador serem rápidas. Mesmo andando a mais de 110 km/h o Armada se mantém calmo, sem balanços laterais desagradáveis. O câmbio (de cinco marchas) é bem escalonado, ajudado pelo enorme motor de 317 HP. Apesar do tamanho e do peso o Armada não é beberrão (médias acima de 7km/l são comuns em uso misto e cerca de 10km/l em estradas).
Da suspensão e do chassis – A suspensão é macia, mas sem exagero, O SUV não tomba muito nas curvas e é firme nas retas. Nas pirambeiras de uma estação de ski que visitei, o Armada mostrou sua vocação, com o sistema de tração 4x4 no automático, o computador decide o que fazer e o Armada se mantém sempre bem tracionado.
Do acabamento e conforto – O ar condicionado é digital, com controles independentes para motorista, passageiro e compartimento traseiro. O acabamento é muito bem cuidado, com materiais de ótima qualidade, o som Bose é excelente e conta com disqueteira de seis CDs. Air-bags só para motorista e passageiro da frente (com sensor para desligar quando o passageiro não está a bordo).
O nível de ruído é muito baixo, como nunca tinha visto num SUV (poderia ser comparado ao de um sedan de luxo). A vida a bordo é fácil, com portas enormes e acesso fácil, ainda que seja necessário subir no estribo para chegar no interior do Armada. A sensação geral é de conforto e qualidade. Há regulagens elétricas para os pedais e para o banco do motorista, o que torna quase impossível não achar a posição ideal para dirigir.
O desenho da carroceria é atual e sem exageros (a menos do tamanho). Com mais de 5,20 metros de comprimento, mais de 2 metros de largura e 1,96 de altura, não há como não se sentir à vontade no Nissan. Há muito espaço para oito passageiros e o acesso à terceira fila é razoável.
A terceira fila rebate eletricamente (1/3 e 2/3), transformando o bom porta-malas em uma garagem (parece caber um Smart lá dentro). A fileira central tem três acentos reclináveis e rebatíveis, com saídas de ar condicionado e iluminação individuais (como numa cabine de avião). A tampa do porta-malas tem a opção de abrir somente o vidro, o que é muito prático.
No painel, uma tela de 7” mostra várias funções do som, do computador de bordo e também imagens da câmera de ré, acoplada a sensores (sonares) de posição, dois itens quase obrigatórios num carro deste tamanho. Falta um GPS e um leitor de DVD, acessórios presentes em carros bem mais simples e baratos.
Pontos fortes – Motor forte. Rodar macio, estável e muito silencioso. Excelente espaço para passageiros e bagagens. Bom acabamento. Economia de combustível. Som Bose. Sistema de tração 4x4 de múltiplas opções.
Pontos fracos – Falta um GPS no painel de LCD. Nesta versão SV (de entrada) falta o tocador de DVD.
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