Meu amigo Roberto me encaminhou um e-mail viral que fala dos perigos do benzeno no interior de carros que ficam fechados e expostos ao Sol.
Sem ter me perguntado a opinião, resolvi comentar o assunto. Desde a primeira vez que vi estranhei o conteúdo, que parece escrito por alguém que não sabe nada de Química. O texto fala em concentração de 4 mg, mas as concentrações se medem em mg/litro ou em partes por milhão (ppm). Medidas mais simples podem ser feitas em percentuais.
A quantidade de 4 mg de benzeno pode gerar uma alta concentração se estiver dissolvida num meio de 10 mg (40% de concentração de benzeno), mas seria apenas um traço se estiver num meio de 4 kg (ou 4.000 g ou ainda 4.000.000 de mg) o que equivaleria a 1 ppm. Tudo leva a crer que se trata de um alarmista que faltou às aulas de Química.
Depois fiquei pensando, o benzeno é um hidrocarboneto muito volátil. Se estivesse presente “in natura” num carro 0 km , ele evaporaria ainda nas primeiras exposições ao Sol ainda no pátio do fabricante.
Se, por outro lado, houvesse uma reação química catalizada pelo calor no interior do carro, o autor do e-mail já deve estar rico, pois inventou um método barato de gerar hidrocarbonetos a partir de reciclagem de material de desmanche de carros, apenas expondo-os ao Sol.
Se fosse verdade, o meio ambiente agradeceria!
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