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domingo, 25 de março de 2012

Reavaliação do Renault Sandero Stepway 1.6 16v 2010 / 2011


Esta é uma reavaliação, baseada no aumento de quilometragem com o uso do carro. A avaliação original está publicada em (http://carrosemduvida.blogspot.com.br/2011/12/renault-sandero-stepway-16-16v-2010.html)


Km inicial do teste – 0 km
Km rodados – mais de 15.500 km
Local do teste – Rio de Janeiro, Out/2010 a Mar/2012
Cenário de teste – cidade, vias expressas e estradas do Rio de Janeiro.

Na direção – A direção hidráulica continua pesada, mas bem direta. Não transmite as irregularidades do solo. Apesar do uso, a sensação de segurança em retas e curvas está preservada. A posição de dirigir é boa, bem elevada, com regulagem de altura do banco do motorista, mas não há regulagem da coluna de direção. O rodar já não está tão agradável, pois o nível de ruído aumentou muito, aparentemente por conta do desgaste dos pneus, mas o nível de ruído ainda é coerente com carro “aventureiro”. Em trechos de terra, a grande distância do solo e o bom curso da suspensão favorecem aos que pretendem se aventurar num “fora de estrada light”. A buraqueira do dia a dia não afetou o funcionamento e o nível de ruído da suspensão.

Do motor e câmbio – O quatro cilindros, de 1.6 litros, vibra pouco, mas não empolga, é “opaco”, transmite a sensação de que é acanhado para o peso do carro. Houve melhora depois da revisão de 10.000 km, mas ainda fica aquém do esperado. O câmbio curto ajuda no desempenho, mas para isto é preciso pisar fundo no acelerador. O Stepway tem curso de embreagem muito longo e “pega alta” (você tira o pé e o carro não se desloca), o que requer algum tempo para se adaptar. O consumo também melhorou depois da revisão.

Da suspensão e do chassis – A suspensão de curso longo é bastante firme e ágil, sem ser desconfortável, coerente com a proposta do carro. Absorve surpreendentemente bem as irregularidades. A sensação é de robustez, confirmada pela manutenção de características mesmo com mais de 15.000 de exposição à buraqueira do Rio de Janeiro. A dirigibilidade como um todo não foi comprometida com a elevação da suspensão, característica desta versão, a menos dos momentos de aceleração plena, quando a frente levanta e o Sandero “passarinha”. Nas subidas de ladeira a característica se agrava.

Do acabamento e conforto – O acabamento interno é muito simples e mal cuidado, há rebarbas nos plásticos e encaixes desalinhados, está abaixo de seus pares. Os materiais são de qualidade duvidosa, o som original, apesar de muitas funcionalidades, é medíocre. Os bons pneus (da Continental) com esta quilometragem fazem muito barulho acima de 80 km/h. Portas grandes e de bom ângulo de abertura, garantem bom acesso. Os projetistas faltaram às aulas de layout na faculdade. Os botões de acionamento dos vidros elétricos são mal posicionados (dianteira e traseira). O controle do ar-condicionado é muito mal colocado, assim como o dos retrovisores elétricos e das travas das portas (tudo errado), mesmo depois de tanto tempo, é difícil achar os botões sem olhar. As molduras prateadas dos difusores de ar refletem nos vidros, atrapalhando a visão nos retrovisores. As luzes internas são vergonhosas, pequenas e junto ao pára-brisa, não iluminam bem o interior. Para procurar algo que caiu no banco traseiro à noite, é preciso uma lanterna. Por outro lado, o espaço no banco de trás é bom e o porta-malas espaçoso para um hatch. O computador de bordo é útil e tem se mostrado bastante preciso. O ar condicionado, mesmo depois da revisão que identificou massa de gás abaixo do normal, mantém o desempenho fraco.

Pontos fortes – Suspensão firme e robusta. Projeto moderno garante ótima rigidez torsional e privilegiada relação volume/peso. Bom vão livre do solo e grande curso da suspensão. Bom espaço interno, acesso fácil. Preço competitivo do carro 0 km (os modelos 2012, repaginados, ficaram também mais baratos). Sensação de robustez ao guiar, confirmada com a quilometragem. Garantia de três anos.

Pontos fracos – Acabamento simplório (coerente com um básico de entrada, mas inadmissível num carro deste preço e proposta) e mal cuidado (incoerente com qualquer versão). Direção pesada nas manobras de estacionamento. Instabilidade direcional nas acelerações fortes, principalmente em subidas. O acelerador “borrachudo” requer atenção para que o carro tenha performance compatível com sua relação peso/potência. Iluminação da cabina e disposição dos comandos internos. Ruído interno acima de 80 km/h.

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