Vamos comparar carros projetados e fabricados nos anos 80 e no início dos anos 90 e os projetados e fabricados hoje. Nesta comparação, quatro fatores se destacariam, a saber:
Naquela época, boa parte das soldas entre as chapas era feita de forma manual, hoje elas são todas automatizadas, feitas por robôs. Com este tipo de solda robotizada, há muito mais controle sobre o processo de soldagem e, portanto, mais uniformidade na solda e menor zona afetada pelo processo. Como resultado, são obtidas soldadas mais resistentes.
Este processo permite também a soldagem de chapas em pontos cegos (o robô não precisa ver para soldar), o que leva a estruturas mais fechadas e, portanto, mais resistentes (efeito caixa).
Como terceiro fator principal, ao longo dos anos, elementos de liga foram sendo adicionados às chapas de aço usadas nos processos de estamparia da carroceria dos carros, o que permitiu que chapas mais finas (mas igualmente resistentes) fossem adotadas.
Poderia ainda citar um quarto fator, a capacidade de cálculo das estruturas. Com a evolução dos computadores, os sistemas de simulação numérica são hoje muito mais capazes e precisos, o que permite otimizar cada parte do carro e usar o mínimo de material necessários para resistir aos esforços a que a estrutura estará submetida.