Lançado em 2010 nos Estados Unidos com "pompa e circunstância", foi anunciado pela GM como carro elétrico por questões (imagino eu) mercadológicas.
Na verdade o Volt é, na essência, um carro híbrido, mas não um híbrido como seus predecessores (como o Honda Insight e o Toyota Prius). Ele também não é um elétrico “puro” (como o Leaf da Nissan), mas o Volt é um híbrido que tem diferenças importantes para o usuário, três são as principais:
- Para a grande maioria dos usuários ele funcionará como carro elétrico 100% do tempo, já que tem baterias para rodar até 80 km (nesta condição ele fica "silencioso como um Rolls Royce" e pode ser recarregado em quatro horas numa tomada de 220V);
- Ao se consumir a carga do banco de baterias que acionam o motor elétrico de tração, será acionado o “motorzinho” a combustão (pequeno, silencioso e muito econômico, pois funciona sempre na sua condição otimizada), que recarregará as baterias e manterá o Volt andando, dotando-o de uma autonomia de cerca de 500 km ;
- Ele tem cara e desempenho de um sedã médio/grande convencional e é bonito (carro se compra também com o coração... , já os outros híbridos e elétricos tem um quê de "nave dos Jetsons")
Outras características ajudam o Volt a ser atraente:
- baixíssimo consumo de combustível, se comparado a outros sedãs do mesmo porte (ou a qualquer outro carrinho);
- consome etanol E85 (se você não sabe o que é, veja o artigo COMBUSTÍVEIS neste BLOG);
- energeticamente mais eficiente que os outros híbridos do mercado;
interior atraente e conectado às manias do mercado (dá para controlar funções e saber informações do carro com iPods e iPads);
Nem tudo, entretanto, são flores. Contra ele pesam o fato de ter apenas quatro lugares e (principalmente) o seu preço elevado. Depois de descontados os subsídios do governo americano, o Volt é cerca de US$ 10.000 mais caro que um sedã convencional com os mesmos "apetrechos".
Na minha opinião, o Volt vai vender muito. Vai também inspirar uma série de projetos "Volt-like" de outros fabricantes (e da própria GM) que conseguirão os mesmos feitos (beleza, desempenho, autonomia, atualidade e eficiência energética).
No médio ou longo prazo, o negócio de venda de gasolina e diesel para carros (como é feito hoje) está definitivamente ameaçado.
Em tempo, ainda não dirigi o Volt. Há alguns anos dirigi, por alguns momentos, um Honda Insight. Uma experiência marcante !