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domingo, 4 de dezembro de 2011

Chevrolet Celta Life 1.0 2P 2008





km inicial do teste – 0 km
km rodados – mais de 30.000 km
Local do teste – Rio de Janeiro, Out/2007 a Mai/2009
Cenário de teste – cidade, vias expressas e estradas do Rio de Janeiro.

Na direção – A direção (sem assistência hidráulica ou elétrica) é leve com o veículo em movimento, mas muito desmultiplicada (nada direta). O conjunto transmite bastante as irregularidades do solo, por outro lado, a sensação é de segurança em curvas, mas denota fragilidade quando passa por buracos. A posição de dirigir é razoável, com estranha assimetria com relação ao eixo longitudinal do carro, sem regulagem de altura do banco do motorista e da coluna. O rodar é áspero, mas coerente com a proposta popular do carro.


Do motor e câmbio – O quatro cilindros, de 1.0 litros, é surpreendente, apesar de barulhento, “empurra” o Celta sem cerimônia. Está perfeitamente casado com o câmbio e coerente com o peso e a proposta do carro. O câmbio de cinco marchas, muito bem escalonado ajuda a tirar o máximo do motor flex. O bom desempenho faria corar os gradalhões das décadas de 70 e 80. O motor foi ajustado para o álcool, apesar de andar bem com gasolina (com este combustível bebe como gente grande). Mesmo no álcool a economia não é um forte deste Celta, que em versões posteriores tratou deste tema com mais carinho.

Da suspensão e do chassis – A suspensão é bastante firme, coerente com a proposta do carro, mas é frágil. Rodando na cidade, fui obrigado a trocar amortecedores traseiros antes dos 20.000 km. A suspensão acaba transmitindo muita vibração e, em pouco tempo, o interior do carro parece uma “cristaleira”.

Do acabamento e conforto – O acabamento é simples, com revestimentos  plásticos que remetem a materiais de baixo custo. O nível de ruído é alto. A vida a bordo é amenizada pelo bom layout interno e pelo bom sistema de ar condicionado. Com duas portas grandes o acesso é fácil. No banco de trás, dois adultos viajam com razoável espaço. Não há firulas elétricas ou eletrônicas. O “luxo” vem no conta-giros no painel. As versões mais caras tem acabamento, amenidades e preços superiores.

Pontos fortes – Conjunto motor / câmbio de bom. Bom desenho da carroceria e bom layout interno. Preço competitivo do carro 0 km e bom preço de revenda.

Pontos fracos – Acabamento de aparência pobre e com encaixes grosseiros. Materiais plásticos folgam e fazem barulho com pouca quilometragem.

Colaboração: Vitor Lopes Martins