km rodados – apenas uns 10 km
Local do teste – Rio de Janeiro – Jun/2011
Cenário de teste – vias expressas do Rio de Janeiro
Na direção – A direção elétrica é direta, transmite as irregularidades do solo, mas a sensação é de segurança, o One reage bem ao volante, permitindo manobras rápidas. A posição de dirigir é esportiva, mas não é deitada. O rodar beira o áspero. Mesmo sendo o modelo de entrada no Brasil, nas ruas o One é o centro das atenções. O pára-brisa, com pouca inclinação, é distante do motorista, o que muda a convencional posição da coluna A dos carros atuais, o que requer um tempo de adaptação. O carro é agradável, mas está aquém do que se espera de um Mini e toda a aura BMW e Cooper que circundam o caro.
Do motor e câmbio – O 1.6 litros de 16 válvulas, tem a mesma “alma” dos demais Minis vendidos no Brasil, mas foi “acalmado”, gerando conservadores 98 CV. Para um carro de seu tamanho e peso, seria o suficiente, se não fosse a expectativa criada pela aura e fama dos Minis. Funciona suavemente, mas não empolga. O acelerador precisa ser muito apertado para “acordar” o 1.6. O câmbio de seis marchas parece longo, mas tem engates secos e precisos.
Da suspensão e do chassis – A suspensão é firme, mas não chega a ser desconfortável, é eficiente e coerente com a proposta do carro, mas faltou percurso para avaliá-la melhor, em curvas e irregularidades. O acabamento é muito bem cuidado, com carisma e personalidade única. Se numa brincadeira te desvendarem dentro deste Mini, você não terá dúvida de onde está sentado. O espaço interno é bom na frente e suficiente para duas crianças no banco de trás. Dois adultos podem ser transportados em percursos curtos, mas sem conforto.
Esta versão de entrada manteve boa parte da eletrônica embarcada dos modelos mais caros, o que garante segurança ativa e passiva de primeira linha. O grande mostrador analógico no centro do painel reforça o caráter retrô do projeto. As portas, sem molduras nos vidros, dão chame especial ao entrar e sair.
Pontos fortes – É um Mini com certeza, a preço mais acessível aos mortais (está longe de ser uma pechincha). Desenho característico e chamativo. Acabamento primoroso. Mantém muito charme e status. No preço de tabela (em Jul/2011) está incluída toda a manutenção dos primeiros três anos de uso. Pela semelhança estética com as versões mais caras, deve ser a que proporcionalmente menos desvalorizará.
Pontos fracos – Se não fosse pelo charme, não valeria o que custa. Requer altas doses de emoção e pouca racionalidade na hora de decidir pela sua compra. Na mesma faixa de preço há compras bem mais racionais. Espaço mínimo no banco de trás e no porta-malas (que poderia ser chamado de porta bolsas).