km inicial do teste – cerca de 10.000 km
km rodados – mais de 1.000 km
Local do teste – Oregon / EUA / Maio 2007
Cenário de teste – cidade, vias expressas e estradas
Comentário inicial - O Hyundai Sonata (assim como o Kia Magentis / Optima) é um Honda Accord da década de 90, quando o Accord foi best-seller por dois anos seguidos. Sentado ao volante a sensação é a mesma de estar dirigindo um EX do período pré anos 2000. Se soar como demérito para você, já sei que você nunca dirigiu um destes Hondas. Eles são quase perfeitos, projetados para roubar mercado dos carrões americanos desta época. Também dirigi este mesmo modelo (um 2007) em Houston, Texas, por quase outros mil quilômetros.
Na direção – A direção é leve, progressiva e não muito direta, transmite poucas irregularidades do solo, não “passarinha” nem nas acelerações mais fortes, tampouco em altas velocidades. A sensação é de conforto e segurança. O volante tem boa pega.
Do motor e câmbio – O quatro cilindros, de dois litros, é silencioso e vibra pouco, leva bem o carro, como um sedã de família. Não há pretensões esportivas. O câmbio de quatro marchas parece “roubado” do Accord, nas qualidades (bom escalonamento) e defeitos (as trocas de marcha são bem perceptíveis – o que, no nível em que ocorre, não poderia ser chamado de defeito). Um câmbio de cinco marchas ajudaria o motor a se apresentar melhor.
Da suspensão e do chassis – Macia em todo o curso, sem ser “molenga”. O carro é firme nas curvas, mas nada de tocada esportiva, estamos num sedã familiar. A carroceria é firme e bem acabada.
Do acabamento e conforto – O acabamento é muito bem cuidado, materiais de boa qualidade, o som é bom, o nível de ruído é baixo e a vida a bordo é fácil, com portas largas e acesso fácil. A sensação é de conforto e qualidade. Não há firulas eletrônicas (numa referência coreana ao jeito japonês de fazer carros), mas um ar condicionado com controle digital seria esperado num carro deste nível. O desenho da carroceria é clássico, impessoal e harmonioso. Assim como o Accord e o Magentis, é difícil achar alguém que não goste do Sonata.
Pontos fortes – Rodar macio e silencioso. Espaço interno e no porta-malas. Bom acabamento. Garantia de cinco anos (no Brasil).
Pontos fracos – Difícil achar um relevante. Câmbio desatualizado, incompatível com o tamanho do carro e motor, mas sem comprometer uma condução normal. Falta um controle digital de temperatura no sistema de ar condicionado.