km inicial do teste – 0 km
km rodados – mais de 7.400 km
Local do teste – Rio de Janeiro, Jun/2011 a Dez/2011
Cenário de teste – estradas, cidade e vias expressas.
Na direção – A direção hidráulica é leve e direta, mas ganha peso rápido com a velocidade. Transmite bem as irregularidades do solo, ou seja, não dá solavancos, mas (felizmente) não isola o motorista, característica importante num carro de alma off-road. A posição de dirigir é boa, bem elevada, com regulagem de altura do banco do motorista e da coluna de direção. Em pisos lisos, o rodar é macio, silencioso e agradável, beira as sensações que seriam esperadas de um automóvel de luxo.
Do motor e câmbio – O quatro cilindros, de 2.0 litros , é excelente, silencioso e vibra muito pouco, é nominalmente pequeno para o peso do carro, mas, surpreendentemente não compromete o prazer de dirigir. O câmbio de cinco marchas, muito bem escalonado, ajuda a tirar o máximo do motor, mas requer atenção para tirar bom proveito do 2.0. Manter o motor “cheio” é fundamental para uma tocada agradável, segura e econômica, isto mesmo, apesar de pequeno o motor anda bem e é econômico para o peso do carro (beirando um paradoxo). A tração traseira é fiel à proposta do carro, diferente de outros SUVs 4x2 (concorrentes diretos do Suzuki) que inexplicavelmente têm tração dianteira.
Da suspensão e do chassis – A suspensão é bastante firme e ágil, sem ser desconfortável, coerente com a proposta do carro. Rodando na cidade, parece a de um automóvel, com a vantagem de estar preparada para nosso padrão de ruas esburacadas sem sofrer danos. Subir meio-fios, vencer quebra-molas e cair em (incontáveis) buracos, deixa de ser uma experiência assustadora quando você está no Vitara, ele lida com todos estes obstáculos com desenvoltura de atleta.
Do acabamento e conforto – O acabamento é muito bem cuidado, com visual mais moderno que seus concorrentes diretos. Os materiais são de boa qualidade, o som é muito bom, o nível de ruído é muito baixo e a vida a bordo é fácil, com piso plano, portas grandes e que abrem em ângulos perto dos 90 graus. O tecido dos bancos tem ótima aparência e tato agradável. Os carpetes são grossos e de ótima qualidade, mas o do motorista merecia uma fixação melhor. O espaço no banco de trás é bom. O controle de velocidade do limpador de pára-brisas e o controle digital para o ar condicionado funcionam à perfeição. O computador de bordo, de poucas funções, é útil, preciso e tem visual bonito.
Pontos fortes – Bom desempenho e economia para a categoria. Tração traseira. Câmbio preciso e agradável. Ótimo acabamento, bom espaço interno, piso plano e acesso fácil. Ampla porta traseira. Faróis eficientes. Preço competitivo do carro 0 km se comparado aos seus concorrentes diretos.
Pontos fracos – O Vitara ficaria ainda melhor com um motor um pouco maior. O pára-brisa não tem dégradé. Falta luz no porta-luvas. Os largos pneus aro 17, de uso misto, deslizam com facilidade no asfalto muito molhado. Barulho no encosto reclinável do banco traseiro, quando não há passageiros nele. Apenas duas concessionárias na cidade do Rio de Janeiro e relativamente poucas no Brasil.
Colaboração de Vitor Lopes Martins