km inicial do teste – 0 km
km rodados – mais de 29.000 km
Local do teste – Rio de Janeiro, Fev/2009 a Maio/2011
Cenário de teste – cidade, vias expressas e estradas.
Na direção – A direção (eletricamente assistida) é leve e direta, mas transmite muito as irregularidades do solo, a sensação é de segurança em curvas, mas de fragilidade quando passa por buracos (a coluna precisou ser trocada antes dos 20.000 km e reapresentou folga antes dos 30.000 km rodados). A posição de dirigir é boa, bem elevada, com regulagem de altura do banco do motorista e da coluna. O rodar é suave (sem ser mole), silencioso e agradável.
Do motor e câmbio – O quatro cilindros, de 1.8 litros , é brilhante. Movido apenas a gasolina, é silencioso e vibra muito pouco, é perfeito para o peso do carro. O câmbio de seis marchas, muito bem escalonado, ajuda a tirar o máximo do motor, mas requer uns dias de adaptação à grade de sete posições. É também um chame a parte. O Tiida pode ser tocado como carro esporte, ele não decepciona. É ainda econômico para o tamanho do carro e seu ótimo desempenho.
Da suspensão e do chassis – A suspensão é bastante firme, sem ser desconfortável, coerente com a proposta do carro. Rodando majoritariamente na cidade, fui obrigado a trocar o par de amortecedores traseiros aos 17.000 km (a garantia da Nissan não cobre e eles custam absurdos R$ 900,00 e levaram três semanas para chegar à concessionária) e também a coluna de direção (esta trocada em garantia). A suspensão como um todo, requer cuidados, não está preparada para nosso padrão de ruas, mesmo trafegando a maior parte do tempo na Zona Sul do Rio, o carro fazia barulhos estranhos ao passar em buracos. Aos 29.000 km , o par dianteiro estava pedindo substituição (preço R$ 2.000,00, o que beira à extorsão). Vale lembrar que o par de amortecedores do Versa (o Tiida nos EUA), comprado numa concessionária Nissan nos EUA, custa cerca de US$ 210,00.
Do acabamento e conforto – o acabamento é muito bem cuidado, na versão SL está acima dos concorrentes diretos e poderia ser considerada de luxo. Os materiais são de ótima qualidade, o som é muito bom, o nível de ruído é baixo (em pisos lisos) e a vida a bordo é fácil, com portas grandes e de acesso fácil. A sensação agradável é ajudada pelo funcional teto solar com dois tipos de abertura e o ótimo couro “furadinho” que reveste os bancos. O espaço no banco de trás é de limusine (o banco traseiro tem trilho que aumenta ou diminui o porta-malas). O controle de velocidade do limpador de pára-brisas e o controle digital para o ar condicionado funcionam à perfeição. Falta um computador de bordo (já presente na versão 2009 do Tiida SL).
Pontos fortes – Conjunto motor / câmbio com desempenho brilhante. Ótimo acabamento, grande espaço interno, acesso fácil. Banco traseiro com trilhos. Preço competitivo do carro 0 km .
Pontos fracos – Suspensão e direção frágeis. Peças absurdamente caras. Pára-brisa sem dégradé. Não haver indicação de luzes acesas, num painel que se ilumina sempre ao se ligar o carro. Apenas três concessionárias na cidade do Rio de Janeiro e relativamente poucas no Brasil.
